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Produção industrial cresce 0,1% em junho, acima da expectativa de estagnação

A produção da indústria brasileira cresceu 0,1% em junho ante maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, o indicador teve alta de 0,3%, dado inalterado e sem revisão pelo IBGE.

O desempenho de junho ficou acima da mediana das estimativas de 21 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de estagnação, livre dos efeitos sazonais. As projeções iam de queda de 0,6% a alta de 0,8%.

Na comparação com igual mês em 2022, a produção industrial subiu 0,3% em junho. Por essa base de comparação, a expectativa mediana do mercado era a mesma, de alta de 0,3% do indicador, conforme levantamento do Valor Data. As projeções iam de queda de 0,6% a alta de 1,2%.

Assim, a produção industrial encerrou o acumulado do ano, o primeiro semestre de 2023, com queda de 0,3%.

A indústria acumula crescimento de 0,1% nos últimos 12 meses até junho. Com esses resultados, o setor industrial está 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

Indicador não compensa perdas anteriores
A produção industrial brasileira em junho ainda não compensa, com essa alta modesta, as perdas registradas em meses anteriores, segundo André Macedo, analista do IBGE para a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).

Em comunicado sobre o desempenho do indicador, Macedo explicou que o resultado de junho mostra manutenção no campo positivo, embora com uma taxa muito próxima da estabilidade. “Entretanto, esses dois meses de alta em sequência não revertem a perda de abril, quando a taxa foi -0,6%”, ressaltou ele.

Para o pesquisador, a performance da indústria até junho mostra que o setor ainda está longe de recuperar perdas anteriores. “Ainda que o primeiro semestre de 2023 mostre saldo positivo de 0,5% quando comparado com o patamar de dezembro de 2022; o ritmo está muito aquém do que o setor precisa para recuperar as perdas do passado recente, afinal, ainda se encontra 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020”, afirmou ele.

Fonte: Valor Investe

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